Aprender como exportar serviços de TI pode te dar a oportunidade necessária para expandir a sua área de atuação em nível internacional.
E enriquecer o seu portfólio com serviços prestados para o exterior, te dará ainda mais chances de conquistar uma carreira sólida por aqui.
No entanto, o processo de exportação de serviços envolve algumas etapas que precisam ser bem colocadas, para que você não tenha dores de cabeça no momento de receber o seu pagamento.
Como a Rede Contábil é especialista em contabilidade para TI, nós podemos te ajudar a entender como funciona esse passo a passo.
Confira o que fazer para poder exportar seus serviços para diversos países do mundo!
Por que investir na exportação de serviços de TI?
Quando se pensa em como exportar serviços de TI, imediatamente vem à mente a questão de porquê fazer isso. Afinal, o processo é um tanto burocrático.
Entretanto, os retornos obtidos com essa atuação internacional vão além do pagamento em dólar ou euro, o que, por si só, já é uma ótima vantagem.
O mercado internacional tem apostado no trabalho remoto e segmentos como o da tecnologia da informação se sobressaem com essa oportunidade, como destaca o portal G1.
É perfeitamente possível que um profissional da área possa realizar projetos para empresas que estão longe.
Basta que ele esteja em contato para tirar dúvidas e dar feedbacks da ação, coisas que são simples de serem feitas por plataformas de comunicação.
Trabalhar em empresas estrangeiras, tanto as grandes corporações, quanto as que estão iniciando suas atuações, enriquece o portfólio profissional.
A experiência com o mercado exterior, com a exportação de serviços e com a linguagem internacional, certamente são atrativos para conquistar mais clientes em território nacional.
Como exportar serviços de TI na prática?
Compreendida a importância de investir em aprender como exportar serviços de TI, é hora de sabermos como isso acontece.
Para executar essa ação, é necessário seguir algumas etapas. Na verdade, são detalhes que vão garantir que o processo de trabalho seja bem organizado, com segurança tanto para o profissional, quanto para a empresa.
Sendo assim, veja o que é necessário cuidar para poder exportar os serviços de tecnologia da informação para os mercados internacionais.
Desenvolva um contrato internacional
Desenvolver o contrato de trabalho internacional é a primeira ação que o profissional deve realizar.
Ele irá identificar quais serão os serviços realizados, com a discriminação detalhada de tudo o que será feito, além de cláusulas que envolvem outras questões, como sigilo e o encerramento da parceria.
É um contrato de prestação de serviços, tal qual os criados aqui no Brasil, mas com maior riqueza de informações.
Nesse documento é ideal conter:
- A identificação das duas partes envolvidas na transação;
- Descrição do serviço que será realizado;
- Os valores;
- O prazo e a forma de pagamento;
- A data que o serviço iniciará e a previsão de término;
- Onde o serviço acontecerá;
- O seguro do serviço, caso tenha;
- Quais serão as instituições financeiras que intermediarão o recebimento das remessas de valor;
- Os documentos adicionais que o contratante poderá pedir, caso queira.
Construa um invoice para o negócio
O invoice é a fatura relativa à prestação de serviços. Sem ela, não fica caracterizada a relação de trabalho e, também, não gera segurança em seu desenvolvimento.
Essa fatura deve ser enviada ao contratante, escrita no idioma do país para o serviço será exportado.
É fundamental que ele devolva essa invoice com a afirmação do contrato, dando um “aceite” para que o processo de trabalho se desenvolva conforme o previsto.
Na invoice deve conter:
- Os dados da operação de trabalho e exportação;
- As partes envolvidas;
- Intermediários que poderão aparecer no processo, como as instituições bancárias, por exemplo.
Após ter a fatura feita, é necessário dar andamento à segunda parte do invoice, que é a documentação fiscal da operação, que será emitida após a aceitação da primeira.
Ela é fundamental para efetivar que a prestação de serviços está seguindo todas as normas tributárias que regem o sistema brasileiro.
Nessa etapa, a documentação deverá conter:
- A descrição do serviço;
- Os dados da empresa e do prestador;
- O número da fatura;
- A data de emissão da fatura;
- A menção ao contrato de serviço;
- Os valores e como será realizado o pagamento;
- Os dados bancários;
- Os códigos internacionais de transações.
Tenha um SLA na empresa
O SLA, Service Level Agreement, que em tradução seria Acordo de Nível de Serviço, é um documento que serve para apoiar o contrato de prestação de serviços.
Ele tem a função de especificar os detalhes do acordo, discriminando as informações com maiores especificações.
É comum que ele apresente:
- Os objetivos que se pretende alcançar;
- Os indicadores para mensurar os resultados;
- Os prazos das etapas de trabalho;
- Quais recursos foram utilizados;
- Qual a responsabilidade das partes;
- Qual o papel dos envolvidos.
Busque produzir contratos de câmbio
O contrato de câmbio precisa ser firmado com uma instituição financeira, para que o prestador de serviços, após receber o pagamento pela realização do seu trabalho, possa converter os valores para a moeda brasileira.
Essa instituição, que pode ser o banco onde é correntista ou outras, especializadas em câmbio, deve ser registrada no Banco Central e operar na compra e venda de moedas.
O contrato firmado pode ser pontual, quando o profissional é contratado para um serviço específico, ou por prazo indeterminado. Nesse caso, se fixam parâmetros sobre a taxa de câmbio.
Registre sua marca de maneira internacional
Algo que poucos profissionais sabem e acabam tendo problemas quando vão pesquisar como exportar serviços de TI, é a respeito do registro de marca.
Em território nacional, o órgão que regula essa adequação é o INPI. Porém, ele valida as marcas apenas no Brasil.
Quando você vai exportá-la, é fundamental que ela siga as regulamentações do país para onde irá.
Por isso, é essencial pesquisar quais são os processos de registro de marca, antes de realizar a exportação do seu serviço.
Tenha CNAE adequado para o trabalho
Toda ocupação possui um código de registro, que identifica o segmento da qual ela faz parte. Esse código serve para validar a atuação do profissional e é frequentemente utilizado em contratos de prestação de serviço.
Um dos requisitos mais importantes quando se pesquisa a respeito de como exportar serviços, é ter um CNAE que corresponde à ação realizada.
Veja a lista com os CNAEs relacionados ao segmento de TI:
- 6201-5 – Desenvolvimento de programas de computador sob encomenda;
- 6202-3 – Desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizáveis;
- 6203-1 – Desenvolvimento e licenciamento de programas de computador não-customizáveis;
- 6204-0 – Consultoria em tecnologia da informação;
- 6209-1 – Suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação.
Como exportar serviços de TI fazendo cadastro no Siscoserv?
Quando o prestador de serviços para o exterior possui uma empresa que está enquadrada em outros regimes que não sejam o Simples Nacional, ele precisará registrar a sua atuação no Siscoserv.
Essa plataforma, cuja sigla determina Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços, Intangíveis e Outras Operações que Produzam Variação no Patrimônio, serve para que os prestadores de serviço prestem contas sobre os trabalhos realizados.
Para realizar essa prestação de contas, o profissional precisará acessar o sistema com um certificado digital, preencher os dados a respeito da empresa e, posteriormente, transmitir as declarações de trabalho.
Ao acessar, ele deverá escolher o módulo de venda, já que estará exportando serviços.
Após, ele preencherá os documentos:
- Registro de Venda de Serviços (RVS);
- Registro de Faturamento (RF);
- Registro de Presença Comercial (RPC);
- Escolher o modo de serviço. As opções são transfronteiriço, consumo no exterior, presença comercial no exterior ou movimentação temporária de pessoas.
Principais impostos para trabalhar com exportação de serviços de TI
Alguns impostos incidem sobre a exportação de serviços de TI e eles variam de acordo com o regime de atuação da empresa que os prestará.
Entenda qual a diferença entre os dois principais modelos:
Simples Nacional
Empresas de TI se enquadram tanto no anexo III do Simples Nacional, quanto no anexo V. O que vai definir em qual deles será taxada a operação, é o Fator R, que você pode entender melhor clicando aqui.
Quando o Fator R é maior que 28%, a empresa se enquadra no anexo III. Já se for menor que 28%, ela se enquadra no anexo V.
No anexo III, as alíquotas variam de 6% a 33%, de acordo com o faturamento obtido. Já para o anexo V, elas variam de 15,5% até 30%.
Vale destacar que PIS, Cofins e ISS são tributos isentos no módulo de exportação de serviços.
Lucro Presumido
No regime do Lucro Presumido, a tributação oficial engloba Imposto de Renda (IRPJ) e Contribuição Social (CSLL).
PIS e Cofins são isentos da operação. O ISS, na maioria das vezes, é isento, mas isso pode mudar de acordo com a cidade onde a empresa está sediada.
A cobrança dos impostos nesse regime se configura com 32% sobre o faturamento trimestral, aplicando 15% de IRPJ e 12% de CSLL.
Quando vale a pena aprender como exportar serviços de TI?
Se você é profissional do setor de tecnologia da informação, deve aprender como exportar serviços de TI.
Afinal, esse segmento se mantém em alta e com expectativas positivas para os próximos anos.
Por isso, busque oportunidades internacionais em bancos de ofertas, como as plataformas de jobs online, que conectam as empresas estrangeiras com os profissionais brasileiros.
E, para o suporte fiscal da sua empresa exportadora de serviços, conte com a ajuda da Rede Contábil.
Nossa equipe está pronta para te orientar e cuidar de todas as burocracias! Venha falar com a gente!